A 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicou uma série de penalidades ao Atlético-MG devido a incidentes ocorridos durante a final da Copa do Brasil, disputada contra o Flamengo. O clube mineiro foi punido com seis jogos de portões fechados, além de uma multa de R$ 198 mil, dos quais R$ 20 mil são referentes a cânticos homofóbicos entoados por torcedores. O Atlético já cumpriu duas das partidas sem público e terá que jogar mais uma sem torcedores e outras três com acesso restrito, permitindo apenas a entrada de mulheres, idosos, crianças e deficientes.
O episódio que motivou a punição envolveu a arremesso de bombas no gramado da Arena MRV durante a segunda partida da final, após o Flamengo abrir o placar. Embora os jogadores não tenham se ferido, um fotógrafo foi atingido e sofreu lesões. A decisão foi unânime entre os auditores do STJD, que consideraram as atitudes dos torcedores como graves, especialmente pelo impacto causado nas redes sociais e pela ampla repercussão do caso.
O advogado do clube tentou atenuar a penalidade, argumentando que o Atlético-MG estava colaborando para identificar o torcedor infrator. No entanto, o relator do caso, juntamente com os demais membros da comissão, reafirmou a responsabilidade do clube pelos atos de seus torcedores. A punição foi considerada exemplar, e o relator ressaltou a gravidade dos incidentes, que afetaram a imagem do futebol nacional.