O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender temporariamente as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro, uma medida conhecida como ADPF das Favelas. Implementada inicialmente pelo ministro Edson Fachin durante a pandemia de Covid-19, a decisão visa proteger vidas inocentes, diante da alta violência associada às ações policiais. No entanto, a suspensão tem gerado controvérsias, especialmente entre autoridades e forças de segurança do estado, que acreditam que a medida tem fortalecido organizações criminosas, como milícias e traficantes, dificultando o combate ao crime.
A medida tem sido amplamente debatida, com a participação de diversas entidades, como a Procuradoria-Geral da República e a Defensoria Pública. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se posicionou contra a suspensão, alegando que ela contribui para o fortalecimento do crime organizado, apesar de seu governo seguir o regramento imposto pela ADPF. Por outro lado, familiares de vítimas de violência, como os de Marielle Franco, assassinada em 2018, destacam a importância de proteger as comunidades vulneráveis, que frequentemente são afetadas pelas operações policiais.
O STF ainda deve se pronunciar sobre a continuidade ou ajustes na ADPF das Favelas em uma sessão prevista para novembro de 2024. Embora não haja um consenso sobre o futuro da medida, especula-se que o tribunal possa buscar um equilíbrio entre a proteção dos direitos humanos e a necessidade de combater eficazmente o crime organizado. Enquanto isso, o Rio de Janeiro se prepara para sediar a cúpula do G20, com grande mobilização de segurança e esforços do governo estadual voltados para a sustentabilidade e preservação ambiental.