O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra o recurso que buscava a revogação da prisão preventiva de um dos réus acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Moraes argumentou que há indícios de tentativa de obstrução das investigações, o que justificaria a manutenção da prisão. O julgamento ocorre em sessão virtual, onde cada ministro apresenta seu voto eletronicamente, sem debate entre eles. O processo, iniciado no dia 8 de novembro, deve estender-se até o dia 18.
A defesa alega que a prisão preventiva se baseia em suposições ocorridas há vários anos e questiona a necessidade da medida, considerando o estágio avançado do processo. Além do réu principal, outros acusados, incluindo um deputado e membros das forças de segurança, também aguardam julgamento. O caso segue em tramitação final, com a Polícia Federal ainda cumprindo diligências complementares solicitadas pelas defesas, após as quais acusação e defesa terão 15 dias para apresentar suas alegações finais.
Com o fim da fase de alegações, o processo estará apto para julgamento, dependendo do relator definir se ocorrerá em sessão presencial ou virtual. Caso optem pelo julgamento presencial, caberá ao presidente da primeira turma definir a data. Em paralelo, os executores do crime foram condenados recentemente por júri popular no Rio de Janeiro, enquanto as atenções agora se voltam para o desfecho dos processos contra os supostos mandantes.