O Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha oficializou Olaf Scholz como seu principal candidato para as eleições de fevereiro, destacando-o como uma escolha segura em comparação com o líder conservador da oposição, que não possui experiência governamental. A decisão foi tomada após o ministro da Defesa, Boris Pistorius, ter descartado sua candidatura, encerrando semanas de especulação sobre uma possível liderança dele na disputa. O comitê executivo do partido votou por unanimidade em Scholz, permitindo que ele concorra a um segundo mandato, mesmo após o colapso de sua coalizão tripartite.
Em seu discurso após a oficialização, Scholz delineou os principais pilares de sua campanha: a defesa cautelosa da Ucrânia contra a invasão da Rússia, a revitalização da economia e a gestão da crise do custo de vida. No entanto, o chanceler enfrenta uma eleição difícil, visto que seu partido ocupa a terceira posição nas pesquisas, atrás dos conservadores e da extrema-direita. Um levantamento recente indicou que o SPD está com apenas 14% das intenções de voto, enquanto os conservadores lideram com 32% e a extrema-direita segue com 19%.
Apesar de sua popularidade mais baixa, Scholz mantém uma vantagem apertada sobre o candidato conservador Friedrich Merz nas pesquisas de intenção de voto. No entanto, o apoio ao chanceler e ao SPD tem diminuído, especialmente após a instabilidade interna na coalizão governamental, que se desfez devido a desacordos sobre como lidar com a economia. As eleições ocorrerão em 23 de fevereiro, em um cenário político desafiador para o atual governo.