Em Sorocaba (SP), o número de lares homoafetivos aumentou mais de 760% entre 2010 e 2022, de acordo com o Censo do IBGE. O estudo revelou que a cidade conta com 2.104 residências, onde o responsável é casado com alguém do mesmo sexo. Este crescimento reflete uma mudança no cenário social, mas também traz à tona as histórias pessoais por trás das estatísticas, como os relatos de dois casais que, por meio de interações simples, encontraram o amor e decidiram compartilhar suas vidas.
O primeiro casal, Matheus e Mateus, está junto há quase dez anos e se conheceu em uma rede social. Eles passaram por uma série de ajustes, desde a mudança para Sorocaba até os desafios impostos pela pandemia. A convivência mais próxima durante o home office reforçou o relacionamento, demonstrando que o amor e a cumplicidade são elementos essenciais para o fortalecimento da união. Para Matheus, a mudança foi uma oportunidade de recomeço, enquanto Mateus destaca o apoio da família para a decisão de morar juntos.
O segundo casal, Giuliana e Maria, também compartilha uma trajetória de amor que começou em um encontro casual entre amigos. Depois de dois anos de namoro, decidiram morar juntas, enfrentando as mudanças não só na convivência, mas também na vida profissional, ao abrirem um negócio em conjunto. Giuliana considera a decisão de morar juntas uma das mais certeiras da sua vida, ressaltando que as maiores dificuldades são internas, ligadas a medos e inseguranças, e que o lar com a parceira representa um refúgio seguro em um mundo acelerado.