O processo de eleição presidencial nos Estados Unidos ocorre por meio de um sistema de voto indireto, no qual 538 delegados do Colégio Eleitoral são os responsáveis por definir o vencedor. Esses delegados são selecionados em cada estado, que possui uma quantidade variável de representantes, de 3 a 54, conforme sua população e número de legisladores no Congresso. Para que um candidato seja eleito presidente, ele deve garantir pelo menos 270 votos desses delegados. A maioria dos estados adota o sistema “o vencedor leva tudo”, com exceção de Maine e Nebraska, onde a distribuição é mais proporcional.
O cálculo do número de delegados de cada estado é baseado na soma de seus senadores e deputados federais. Estados como a Califórnia, por exemplo, concentram grande quantidade de delegados, o que torna o voto popular decisivo em regiões específicas. Essa dinâmica faz com que a estratégia eleitoral se volte para os estados mais populosos ou que possam influenciar o resultado do Colégio Eleitoral. Apesar da complexidade, o sistema visa refletir a vontade popular de cada estado, ainda que indiretamente.
Os partidos políticos são os responsáveis pela seleção dos delegados, respeitando regras que impedem a participação de parlamentares e funcionários públicos. Geralmente, essa escolha ocorre em convenções estaduais ou comitês partidários. Assim, os delegados designados para representar um candidato são aqueles que pertencem ao partido que conquistou a maior parte dos votos populares em cada estado, garantindo que o Colégio Eleitoral espelhe as preferências regionais dos eleitores.