O sistema eleitoral dos Estados Unidos se baseia em um modelo de voto indireto, no qual o Colégio Eleitoral é responsável por eleger o presidente, em vez de uma decisão direta pelo voto popular. Cada estado tem um número específico de delegados, proporcional à sua população, e o candidato mais votado em cada estado leva todos os delegados, mesmo que a vitória seja por uma pequena margem. Esse mecanismo pode resultar em situações onde o vencedor nacional do voto popular não conquista a presidência, como ocorreu em 2000 e 2016.
O Colégio Eleitoral conta com 538 delegados, e o candidato precisa de 270 para ser eleito. Embora o voto popular seja importante, pois direciona as escolhas dos delegados, há casos raros de delegados infiéis que votam contra o resultado de seus estados. Situações de empate são incomuns, mas, se acontecerem, a eleição será decidida pela Câmara dos Representantes, com um voto por estado, e o Senado escolhe o vice-presidente. Esse modelo foi criado no século 18 para equilibrar as influências regionais, dando voz tanto a estados populosos quanto aos menores.
Estados como Nebraska e Maine têm sistemas de delegados diferenciados, distribuindo votos proporcionalmente. O Colégio Eleitoral busca representar o equilíbrio entre as diversas regiões dos EUA, mas levanta questionamentos sobre a representatividade democrática. Apesar de críticas, o sistema ainda é considerado um meio de proteger o equilíbrio de poder entre estados mais e menos populosos, mantendo uma tradição que remonta à fundação do país.