O sistema de pedágio eletrônico sem praças, conhecido como *free flow*, completou seu primeiro ano de operação no Brasil com um índice de 8% de motoristas que não pagaram a tarifa na BR-101. Esse tipo de pedágio foi implantado inicialmente em um trecho da rodovia que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e, apesar de sua abrangência de mais de 4.800 km, o modelo de cobrança está limitado a três cidades do litoral fluminense, entre elas Itaguaí e Paraty. A principal infração no sistema, a evasão de pedágio, é penalizada com multa de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A maioria dos motoristas usa tags para realizar o pagamento do pedágio, mas aqueles que não possuem o dispositivo precisam baixar um aplicativo. O sistema é eficiente na detecção dos veículos, com 99,53% das tags sendo lidas corretamente e 99,64% das placas sendo identificadas sem falhas. Além disso, o tempo de pagamento diminuiu significativamente nos últimos meses, de 54 dias em março de 2024 para apenas 6 dias entre agosto e outubro deste ano, o que reflete uma melhoria na adesão ao modelo.
Em outubro de 2024, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou novas normas para o *free flow*, com o objetivo de tornar o sistema mais acessível e eficiente. As mudanças incluem a ampliação do prazo para pagamento do pedágio, que passa de 15 para 30 dias, a possibilidade de contestar cobranças indevidas e a centralização das informações em um único aplicativo. Além disso, os motoristas pagarão apenas pelo trecho percorrido e as imagens das passagens serão armazenadas por até 90 dias. Para veículos registrados no exterior, o pagamento do pedágio é uma condição para a saída do país.