Sinais recentes de apoio de membros influentes do movimento Uncommitted no estado de Michigan trouxeram esperança para a campanha de Kamala Harris. O Uncommitted, um movimento popular de tendência antiguerra com grande presença na comunidade muçulmana e árabe do estado, havia manifestado exigências como um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim da ajuda militar dos EUA a Israel. Essas exigências foram feitas pessoalmente à vice-presidente Kamala Harris e ao governador Tim Walz durante uma reunião em agosto, e, desde então, o movimento não tinha dado apoio explícito a nenhum candidato, o que gerou preocupação entre os democratas.
Em setembro, a decisão do Uncommitted de se abster de apoiar diretamente qualquer partido aumentou o receio de que seus membros pudessem reter votos na eleição geral, como ocorreu nas primárias democratas. No entanto, nas últimas semanas, houve sinais de maior simpatia pela candidatura de Harris. Um dos copresidentes do movimento, Abbas Alawieh, declarou recentemente sua intenção de votar em Harris, apesar de reconhecer que suas políticas não são ideais. Ele afirmou que, em sua opinião, o ex-presidente Donald Trump representa uma ameaça maior, particularmente no contexto das preocupações de eleitores árabes e muçulmanos.
Alawieh pediu que os membros do Uncommitted deem apoio público a Harris, destacando a importância de uma pressão contínua para que a vice-presidente mude sua postura em relação ao envio de armas a Israel, caso assuma a presidência. Com essas declarações, a campanha democrata vê uma chance de recuperar apoio em Michigan, um estado considerado crucial para a eleição. Enquanto isso, a cobertura intensa das eleições pela mídia, como a realizada pela matriz internacional da Brasil, mantém o público atualizado sobre a disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump.