O setor de luxo enfrenta um período de desaceleração devido a fatores como o enfraquecimento da economia chinesa e uma mudança significativa no perfil de seus consumidores. Desde o início do ano, sinais de queda na demanda se intensificaram, afetando os resultados financeiros de grandes marcas como Louis Vuitton (LVMH) e Gucci. Analistas apontam que a recente crise imobiliária na China e o fim do boom de consumo pós-pandemia têm dificultado o crescimento das vendas em uma das regiões mais importantes para essas empresas.
A mudança no comportamento do consumidor também é um ponto crucial para o setor. Gerações mais jovens, como os millenials e a geração Z, estão redefinindo o conceito de luxo, buscando marcas com propósito e maior compromisso com a sustentabilidade. Pesquisas indicam uma “vergonha do luxo” entre esses consumidores, que priorizam gastos conscientes, especialmente diante de incertezas econômicas, altos índices de desemprego e perspectivas financeiras futuras pouco otimistas.
As marcas de luxo, antes muito dependentes de lojas físicas, ainda estão em processo de adaptação ao ambiente digital, acelerado pela pandemia. A desaceleração afeta não apenas os balanços das empresas, mas também o patrimônio de grandes bilionários do setor, com perdas expressivas devido à queda na demanda na China e ao impacto da pressão cambial. Esse cenário aponta para um período de incertezas para o mercado de luxo, que deverá enfrentar desafios significativos para sustentar seu crescimento em mercados estratégicos.