Professores e servidores da educação no Rio de Janeiro se mobilizaram contra o Projeto de Lei 186/2024, que pode alterar o plano de carreira da categoria, afetando benefícios como férias e a licença especial (licença-prêmio). A proposta, que aumenta a carga horária dos professores, gerou manifestações na Câmara Municipal, com um grupo de manifestantes invadindo o plenário na noite de terça-feira (26). A categoria exige o arquivamento do projeto, que também pode ser votado em breve. Além disso, os servidores solicitam a revogação de outra lei, a Lei 8666/2024, que amplia a duração dos contratos temporários na rede municipal de ensino para até seis anos.
O protesto em frente à Câmara dos Vereadores ocorre em meio à intensificação do debate sobre pontos controversos do projeto, como mudanças no cálculo da hora-aula e a ampliação da renovação dos contratos temporários. Também está sendo discutida a suspensão da contagem do estágio probatório durante licenças e afastamentos. A segurança foi reforçada na região, com a presença de policiais militares, após confrontos em manifestações anteriores. Além disso, a categoria já anunciou uma nova assembleia prevista para sexta-feira (29), enquanto continua a greve por tempo indeterminado que foi decidida na véspera.
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Educação, afirmou que tem mantido diálogo constante com o sindicato dos professores. A administração municipal garantiu que o calendário letivo seguirá normalmente, sem alterações, independentemente das mobilizações. A discussão sobre o projeto segue polarizada, com os servidores tentando reverter as mudanças propostas, enquanto os parlamentares buscam ajustar pontos polêmicos para tentar equilibrar as necessidades da categoria e as demandas administrativas.