A partir desta segunda-feira (25), os servidores das escolas municipais do Rio de Janeiro iniciaram uma greve por tempo indeterminado, após uma decisão unânime em assembleia. A paralisação foi motivada pelo Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que propõe mudanças nas condições de trabalho dos professores, como o aumento da carga horária e a modificação das regras de férias e licenças. Os educadores também se opõem à revogação da Lei 8666/2024, que amplia a duração dos contratos temporários. A greve só será suspensa quando houver uma negociação com a administração municipal.
De acordo com Diogo de Andrade, coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), as mudanças propostas pelo PLC 186 são prejudiciais aos servidores, uma vez que aumentam a carga de trabalho sem a compensação financeira adequada e fracionam as férias dos professores. Os manifestantes, que se concentraram em frente à prefeitura, foram reprimidos pela polícia, que utilizou bombas e spray de pimenta para dispersar os educadores. Um professor chegou a ser detido, mas foi liberado pouco depois. O vereador William Siri relatou que houve excessos durante a ação policial.
Enquanto a greve continua, o Sepe convocou uma nova assembleia para sexta-feira (29), quando os servidores discutirão os próximos passos do movimento. Até o momento, a Prefeitura do Rio e a Secretaria Municipal de Educação não se pronunciaram sobre a situação. A paralisação reflete a insatisfação dos trabalhadores com as mudanças propostas no PLC, que eles consideram prejudiciais à categoria.