A série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”, criada por Ryan Murphy, reacendeu debates em torno do julgamento de Lyle e Erik Menendez, acusados de assassinato nos anos 1990. Murphy explicou que o objetivo da produção não era apenas detalhar o crime, mas também abordar a complexidade da vida dos irmãos e os traumas que podem ter influenciado suas ações extremas. Ele destacou a importância de refletir sobre como um ambiente familiar disfuncional pode moldar comportamentos, propondo um olhar mais empático sobre questões frequentemente ignoradas na época.
A repercussão da série, assim como o documentário da Netflix, gerou forte comoção e influenciou a revisão do caso, atualmente conduzida pelo promotor de Los Angeles, George Gascón. Gascón revelou que a decisão deve sair até o final da semana e que o caso divide opiniões dentro de seu escritório: enquanto alguns profissionais, ligados ao julgamento original, defendem que os irmãos devem permanecer presos, outros consideram as acusações de abuso e acreditam que a sentença merece reavaliação.
Além disso, Gascón admitiu estar sob pressão para considerar novas provas que possam justificar a revisão das penas, com uma audiência prevista para o dia 26 de novembro. O resultado dessa audiência poderá reduzir ou até anular as condenações de Lyle e Erik Menendez, caso as alegações de abuso sexual apresentadas sejam suficientemente comprovadas. A situação ilustra o impacto das produções de true crime na sensibilização pública e na reabertura de discussões judiciais já consideradas encerradas.