A capital federal tem sido palco de uma série de incidentes violentos e de alta tensão nos últimos anos, destacando a fragilidade da segurança em momentos críticos. Em 1989, durante o governo de José Sarney, o Palácio do Planalto foi invadido por um ônibus, em um episódio que causou danos materiais mas não vítimas. O incidente, que envolveu um motorista alcoolizado, é um dos mais notórios em uma sequência de episódios de invasões a prédios governamentais. Em março do mesmo ano, um outro ataque atingiu o Palácio da Alvorada, quando um carro invadiu a residência oficial do presidente. Ambos os casos evidenciam a vulnerabilidade das instituições do poder executivo no Brasil.
Mais recentemente, em 1988, o sequestro de um voo doméstico e a ameaça de colisão contra o Palácio do Planalto marcaram uma tentativa de atentado em retaliação ao governo, um episódio que envolveu grande tensão, mas terminou sem maiores tragédias. A tentativa de golpe de Estado por sequestradores foi frustrada, com a ação dos pilotos e da Força Aérea. Esse tipo de incidente reflete a instabilidade política e a radicalização em momentos de crise no país. Já em 2022, uma bomba foi desativada em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em um ataque planejado por grupos extremistas ligados a uma agenda golpista.
Em janeiro de 2023, Brasília novamente se viu no centro de um episódio de violência política, quando manifestantes invadiram os principais prédios da Esplanada dos Ministérios em uma tentativa de golpear o processo de transição de poder. A falta de resistência eficaz das autoridades locais e o vandalismo nos prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto marcaram um dia de caos e repercutiram amplamente no cenário político nacional. Esses episódios, somados à escalada de ações violentas nos últimos anos, destacam uma crescente polarização política e desafios no controle da ordem pública em momentos de grande instabilidade no país.