O senador Eduardo Girão apresentou, em pronunciamento recente, um pedido de urgência para o avanço do Projeto de Lei 3.405/2023, que visa proibir a participação de celebridades, atletas e comentaristas em apostas relacionadas a eventos esportivos. Girão argumenta que essas figuras públicas podem influenciar o público, especialmente os mais jovens, e levá-los a se envolver com a prática de apostas, que considera prejudicial. Para ele, esse tipo de promoção é comparável às antigas campanhas publicitárias de cigarro, que também atraíam milhões de pessoas para vícios com consequências graves.
O projeto de lei, que está em tramitação na Comissão de Esporte, é parte de uma série de iniciativas que o parlamentar propôs sobre o tema das apostas. Além do PL 3.405/2023, Girão também apresentou outros projetos, como o PL 3.795/2024, que busca proibir as apostas de cota fixa no Brasil, e o PL 4.390/2024, que veda o uso de elementos gráficos voltados ao público infantojuvenil nas campanhas de apostas. O senador defende uma ação mais drástica contra as apostas, mencionando que a dependência do jogo de azar, conhecida como ludopatia, é uma doença reconhecida pela OMS e está ligada a sérias consequências psicológicas e sociais, incluindo um aumento no risco de suicídio entre os afetados.
Girão também reforçou que várias entidades de fiscalização, como o Coaf e a Anfip, já se manifestaram contra a legalização das apostas no país, destacando os riscos associados à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e da corrupção. O senador conclui seu pronunciamento alertando para o impacto negativo das apostas na sociedade, que, segundo ele, tem contribuído para o aumento das dívidas, a destruição de empregos e a deterioração das relações familiares.