Seis trabalhadores foram resgatados em situações análogas à escravidão em duas operações realizadas nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia, entre os dias 11 e 13 de novembro. As ações, coordenadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), contaram com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal e de outros órgãos estaduais e federais. Os resgates revelaram condições extremas de trabalho e moradia, com violações de direitos básicos.
Em um dos casos, um vigilante e porteiro de 10 anos foi encontrado morando e trabalhando em condições precárias em uma guarita de um condomínio de galpões industriais em Lauro de Freitas. O espaço improvisado servia tanto para trabalho quanto para moradia, sem registro formal de emprego, jornadas exaustivas e falta de direitos trabalhistas, como férias e 13º salário. Após o resgate, ele foi encaminhado para sua cidade natal, Maragogipe, no recôncavo baiano.
O segundo caso envolveu cinco trabalhadores resgatados em um depósito subterrâneo na região central de Salvador, onde viviam em condições de insalubridade extrema. Sem acesso a água potável, instalações sanitárias ou sequer dormitórios adequados, os trabalhadores usavam carrinhos de carga tanto para transportar mercadorias quanto como camas improvisadas. O ambiente também carecia de condições mínimas de higiene. Após a operação, três homens foram encaminhados para abrigos municipais, e dois retornaram para suas casas.