Seis meses após a maior enchente registrada no Rio Grande do Sul, quase 2 mil pessoas permanecem em abrigos temporários, enquanto o governo federal iniciou a entrega das primeiras casas do programa Compra Assistida, que promete fornecer imóveis de até R$ 200 mil para aqueles que perderam suas residências. Eldorado do Sul foi uma das cidades mais atingidas, com 80% de seu território submerso, deixando bairros devastados e várias residências vazias. A Defesa Civil trabalha para conscientizar a população sobre projetos de contenção de cheias que visam aumentar a segurança, mas muitos moradores ainda hesitam em retornar.
Além das moradias provisórias oferecidas pelo governo estadual, que incluem 212 novas unidades, algumas famílias conseguiram se reestabelecer de forma independente. Em Cruzeiro do Sul, uma família que precisou ser resgatada do telhado da casa durante as enchentes relata a gratidão por ter tido uma nova oportunidade de reconstruir suas vidas em um local mais seguro. Apesar do apoio e das doações recebidas, a experiência do desastre continua marcando os sobreviventes, que enfrentam dificuldades para recomeçar.
A situação nos abrigos é uma realidade desafiadora para as famílias que perderam suas casas, especialmente devido às condições limitadas de privacidade e conforto. Muitos moradores expressam alívio com as acomodações temporárias, mas também anseiam pela possibilidade de retornar a uma residência própria e reconstruir suas vidas com segurança e estabilidade. A presença contínua de riscos de contaminação e a necessidade de um sistema eficaz de proteção contra novas enchentes reforçam a urgência de soluções definitivas para as comunidades afetadas.