Entre os dias 1º e 11 de novembro, a Grande Belém registrou uma série de ataques contra agentes de segurança pública, com ao menos oito policiais baleados, sendo cinco deles mortos. As vítimas incluem policiais militares, além de um militar da Aeronáutica. Os ataques, que ocorreram predominantemente na capital, Belém, têm gerado uma crise na segurança pública da região, levando a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) a intensificar ações de policiamento em áreas de maior risco, como os bairros Pratinha, Tapanã, Guamá e Terra Firme.
A dinâmica dos ataques tem seguido um padrão de violência rápida, com criminosos chegando a bordo de veículos e disparando contra os policiais, frequentemente sem dar chance de reação. A situação tem sido analisada por especialistas, que sugerem que os ataques podem ser uma resposta do crime organizado às ações das forças policiais no estado, especialmente contra facções criminosas. Apesar dos esforços das autoridades, a violência continua a desafiar a segurança pública local.
Em 2024, o Pará já registrou 38 agentes baleados, com 25 mortes e 13 feridos. A maioria das vítimas estava fora de serviço, aposentada ou exonerada no momento do ataque. A tendência de ataques rápidos e furtivos, conhecida como “ataque armado sob rodas”, tem sido recorrente, tornando ainda mais difícil a prevenção e a defesa dos agentes. As investigações seguem em andamento, e algumas prisões já foram realizadas, embora muitos criminosos ainda permaneçam foragidos.