A crescente digitalização dos serviços públicos no Brasil e o aumento de crimes cibernéticos reforçam a necessidade de segurança digital. Entre 2022 e 2023, houve uma alta de 13,6% em estelionatos virtuais, enquanto os assaltos a instituições financeiras caíram 18,8%, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024. Esse cenário ressalta a importância de uma plataforma segura para atender cidadãos em serviços essenciais, como o Gov.br, que centraliza mais de 4,5 mil serviços públicos.
A plataforma Gov.br atua como uma “portaria” digital, permitindo que o cidadão tenha acesso a diferentes serviços de acordo com o nível de segurança exigido. O sistema opera em níveis de autenticação – bronze, prata e ouro –, conforme a complexidade e a sensibilidade dos dados acessados. Serviços básicos, como inscrição no Enem, requerem acesso simples, enquanto outros, como pedidos de aposentadoria, exigem validações adicionais, incluindo biometria e integração com bases de dados nacionais, como a do Tribunal Superior Eleitoral. Essas medidas evitam que terceiros acessem informações confidenciais sem a devida autorização.
Além disso, o Gov.br adota práticas para minimizar o risco de vazamento de dados, utilizando uma estrutura descentralizada que armazena apenas informações essenciais para autenticação, como CPF, e-mail e telefone. As bases de dados específicas, como do INSS, são acessadas diretamente pelo cidadão após autenticação na plataforma Gov.br. Esse modelo, aliado a atualizações constantes e criptografia de dados, visa responder aos desafios de ataques cibernéticos e aumentar a conscientização da população sobre segurança digital, enfatizando a importância de não compartilhar senhas e de proteger suas credenciais.