O São Paulo Futebol Clube está desenvolvendo um plano abrangente de reestruturação financeira em preparação para seu centenário em 2030. Embora a possibilidade de se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) não esteja nos planos imediatos da diretoria, a administração reconhece que esse modelo pode ser uma tendência crescente entre os clubes brasileiros. A intenção é que o São Paulo permaneça como um clube associativo até pelo menos o ano do centenário, mantendo a administração coletiva em vez de concentrar a propriedade nas mãos de um único investidor.
A proposta de reestruturação inclui a criação do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios São Paulo Futebol Clube (FIDC), com o objetivo de equilibrar as finanças do clube e reduzir as dívidas. O plano, aprovado com forte apoio no Conselho Deliberativo, estabelece medidas como teto de gastos, obrigatoriedade de superávit anual e diminuição das despesas com salários. A partir de 2025, o clube deverá evitar o aumento das dívidas, o que visa garantir uma gestão financeira mais saudável e sustentável.
Além disso, a diretoria enfatiza que o Estádio do Morumbi permanecerá como um patrimônio do clube e não será incluído em uma eventual venda das ações, como ocorreu em outros casos. O São Paulo quer garantir que suas instalações fiquem sob controle do clube, mesmo com a possibilidade de considerar a SAF no futuro. O projeto de reestruturação financeira é visto como uma abordagem gradual para enfrentar desafios econômicos sem recorrer a soluções drásticas.