A Prefeitura de São Paulo apresentou um novo plano hidroviário que visa transformar a relação da cidade com seus corpos d’água, buscando reduzir o trânsito e a poluição. O projeto será debatido em uma audiência pública marcada para esta quarta-feira (27), onde os cidadãos poderão contribuir para o seu desenvolvimento. O plano propõe o uso dos 180 quilômetros de hidrovias da cidade para o transporte de cargas e passageiros, além de fomentar o desenvolvimento sustentável e a integração urbana com os rios e represas.
O projeto abrange os rios Pinheiros e Tietê, além de represas como Billings e Guarapiranga, e propõe a criação de ecoportos, marinas, estaleiros e eclusas para facilitar a navegação fluvial. A Prefeitura afirma que a iniciativa ajudará a integrar políticas públicas em diversas áreas, como o urbanismo e a sustentabilidade, e está sendo desenvolvida com a colaboração de diversos órgãos e especialistas. A ideia é que, no futuro, a cidade conte com uma rede de transporte aquático, similar ao sistema já existente na Zona Sul, para reduzir o uso de transporte rodoviário e melhorar a qualidade do ar.
Embora a proposta tenha sido recebida de maneira positiva por alguns especialistas, como o ambientalista Gustavo Veronesi, que vê no projeto uma oportunidade de aproximar a população dos rios, há desafios relacionados ao alto custo e à necessidade de uma infraestrutura adequada para garantir a segurança e o funcionamento eficiente do sistema. O início da implementação do plano está previsto para começar nas represas, com a expansão posterior para os rios urbanos, com a expectativa de contribuir para a diminuição da poluição e para a melhoria da mobilidade na cidade.