O Santander atualizou suas previsões macroeconômicas para 2024 e 2025, ajustando suas estimativas para a inflação e a taxa de juros. O banco agora projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminará 2024 com uma alta de 4,8%, superando a previsão anterior de 4,4%. Para 2025, a estimativa de inflação também foi revista para 4,3%, contra 3,9% na projeção anterior. Esse aumento nas previsões de inflação está relacionado principalmente ao aumento nos preços de alimentos, em especial a carne, cujos custos dispararam desde setembro, impulsionados pela alta no preço do boi.
Além disso, o banco revisou para cima sua projeção para a taxa Selic, agora prevista para atingir 12% no final de 2025, ante 10,5% na estimativa anterior. O atual ciclo de aperto monetário iniciado pelo Banco Central em setembro, com um aumento de 25 pontos-base, deve levar a Selic a seu pico de 13% até março de 2025. O Santander também alertou para o impacto da desaceleração econômica e das expectativas de inflação desancoradas no ritmo do ajuste da taxa de juros, sugerindo que a política monetária pode ser mais agressiva do que inicialmente planejado.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o banco manteve sua projeção de crescimento de 3% para 2024. No entanto, para 2025, a previsão de expansão foi elevada para 1,8%, influenciada por uma expectativa de desempenho mais forte do setor agropecuário. A revisão das projeções reflete um cenário econômico desafiador, com o Banco Central enfrentando a tarefa de controlar a inflação e garantir o equilíbrio fiscal diante da desaceleração econômica.