Salvador atravessa um novembro atípico, com chuvas recordes que já superaram três vezes o volume esperado para o mês, causando uma série de desastres na cidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), este é o novembro mais chuvoso desde 1963. As fortes precipitações resultaram em deslizamentos de terra e inundações, principalmente em áreas mais vulneráveis. A Defesa Civil de Salvador emitiu alerta máximo, com sirenes acionadas para orientar a população a buscar áreas seguras.
Os deslizamentos resultaram em vítimas fatais e soterramentos. Em Saramandaia, por exemplo, uma pessoa morreu e outras quatro ficaram soterradas, incluindo uma criança e sua mãe, que foram resgatadas após várias horas de busca pelos bombeiros. Em outra parte da cidade, outro deslizamento vitimou uma pessoa, e em Dias D’Ávila, uma menina de 12 anos desapareceu ao cair em um canal. A situação de risco é agravada pelo solo encharcado, que aumenta a possibilidade de novos deslizamentos, mesmo após a diminuição da intensidade das chuvas.
A cidade enfrenta um cenário difícil, com a inundação de ruas e o desabamento de edifícios, como um casarão histórico que interrompeu o tráfego em uma das avenidas mais movimentadas de Salvador. A Defesa Civil alertou que a situação ainda pode piorar, já que a chuva acumulada e o risco de novos deslizamentos continuam a exigir cautela. Autoridades reforçam o pedido para que os cidadãos se afastem de áreas de risco e tomem medidas de segurança enquanto a cidade tenta lidar com a crise provocada pelas condições meteorológicas extremas.