A safra da cana-de-açúcar de 2024 está chegando ao fim e, neste ano, a produção enfrentou uma série de desafios. O clima desfavorável impactou diretamente a produtividade nos canaviais, resultando em perdas significativas em algumas regiões. O setor, já vulnerável a influências externas, sofre os efeitos de fatores como a economia, os preços do petróleo e o clima, que têm um impacto imediato sobre as usinas de açúcar e etanol.
Em Echaporã (SP), por exemplo, estima-se uma redução de 10% no faturamento da safra, quando comparado ao ano anterior. A região, que foi uma das poucas a escapar das grandes queimadas que afetaram o estado nos últimos meses, ainda viu uma queda na produção devido às condições climáticas desfavoráveis. O mês de novembro marca o fim do ciclo de colheita, com a média de 210 toneladas de cana sendo colhidas por dia, sempre buscando atingir o teor ideal de açúcar para maximizar o rendimento.
O encerramento da safra traz à tona a vulnerabilidade do setor sucroalcooleiro, que depende fortemente de condições climáticas favoráveis e de uma economia estável para garantir sua competitividade. As incertezas externas, especialmente em relação ao mercado internacional e aos custos do petróleo, continuam a afetar o desempenho das usinas, tornando o ano de 2024 particularmente desafiador para os produtores de cana-de-açúcar.