A Sabesp (SBSP3) divulgou um lucro líquido de R$6,1 bilhões no terceiro trimestre, representando um aumento significativo de 622% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este foi o primeiro balanço da empresa após sua privatização, e o crescimento substancial de resultados reforça o impacto da nova estrutura de gestão e do modelo operacional adotado. Excluindo efeitos não recorrentes e a margem de construção, o lucro líquido ajustado ficou em R$1,17 bilhão, acima das expectativas de analistas, que previam R$1,09 bilhão, de acordo com a LSEG.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado também apresentou alta expressiva, alcançando R$10,6 bilhões, um aumento de 344% em relação ao ano anterior, ao excluir a margem de construção. Considerando apenas os efeitos operacionais recorrentes, o Ebitda ajustado somou R$2,8 bilhões. Este crescimento foi impulsionado pela recente desestatização e pelo contrato com a URAE-1, que formalizou a nova divisão entre ativos intangíveis e financeiros, resultando em impacto direto na receita bruta do período, que alcançou R$8,82 bilhões.
Além do aumento de 100% na receita operacional líquida, que chegou a quase R$15 bilhões no trimestre, a Sabesp anunciou mudanças estratégicas na liderança da empresa. Em 1º de outubro, foram eleitos o novo presidente do conselho e o diretor financeiro, enquanto o novo CEO, Carlos Piani, assumiu oficialmente o cargo na mesma data, sinalizando o avanço da transição de gestão e a reestruturação da companhia.