Nesta quinta-feira (28), a Rússia intensificou sua campanha de ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia, deixando mais de um milhão de pessoas sem energia nas regiões oeste, sul e centro do país. Os danos afetaram áreas como Lviv, Volyn, Rivne, Khmelnytskyi, Mykolayiv e Kherson, com interrupções significativas no fornecimento de eletricidade. O ataque é o 11º grande ataque ao sistema energético ucraniano desde março, e as autoridades temem que a Ucrânia enfrente cortes de energia prolongados durante o inverno rigoroso, com temperaturas próximas a zero.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, denunciou o uso de mísseis de cruzeiro com munições cluster, o que elevou a gravidade do ataque, enquanto a defesa aérea ucraniana conseguiu interceptar a maioria dos mísseis e drones lançados. Apesar dos esforços da defesa, o sistema energético ucraniano sofreu danos consideráveis, forçando o país a desconectar unidades de energia nuclear, que são responsáveis por mais de 50% da eletricidade consumida. Em Kiev, a situação foi controlada sem vítimas, já que os mísseis foram abatidos antes de atingirem a cidade.
Além dos danos diretos, autoridades locais indicaram que geradores estão sendo acionados para garantir o fornecimento de serviços essenciais, como água e calor, para hospitais, escolas e outras instalações críticas. A situação nas áreas afetadas permanece tensa, e o governo ucraniano reforçou seus pedidos por mais apoio militar, incluindo sistemas de defesa aérea avançados, para conter as agressões russas e proteger sua população durante a fase mais crítica do inverno.