O presidente da Rússia anunciou a produção em série do míssil hipersônico Oreshnik, após seu uso bem-sucedido em um ataque contra uma fábrica militar na Ucrânia. A arma, que pode carregar múltiplas ogivas e atingir vários alvos em alta velocidade, foi apresentada como um marco na tecnologia militar russa. Segundo autoridades do Kremlin, o míssil é altamente preciso e não utiliza ogivas nucleares, destacando-se por sua velocidade dez vezes superior à do som e pela capacidade de causar danos significativos com armas convencionais.
A decisão de avançar com a produção do Oreshnik reflete a estratégia da Rússia de fortalecer sua posição militar em meio ao conflito. Em pronunciamentos recentes, foi ressaltado que o sistema não tem equivalentes no mundo, embora a Rússia preveja que outros países líderes possam desenvolver tecnologias similares no futuro. Paralelamente, autoridades ocidentais foram previamente notificadas sobre o teste do míssil, mas o ataque gerou controvérsias, com a Ucrânia acusando a Rússia de utilizar armamentos estratégicos de longo alcance.
No contexto da guerra, a tensão sobre o uso de armas nucleares permanece elevada. A recente revisão da doutrina nuclear russa ampliou as condições para uma possível resposta nuclear, incluindo ataques convencionais considerados críticos para a soberania do país. As declarações também sinalizam uma postura mais assertiva contra nações que fornecem armamento para a Ucrânia, reforçando a possibilidade de ações militares direcionadas contra tais países, caso o conflito se intensifique.