A Rússia classificou as recentes eleições presidenciais da Moldávia como injustas, afirmando que a nova presidente, Maia Sandu, não é a legítima representante do país. Sandu, uma candidata com inclinações pró-Ocidente, venceu a disputa eleitoral, mas enfrentou alegações de interferência russa, que foram negadas pelo Kremlin. Os resultados indicaram que Sandu obteve um forte apoio de moldavos no exterior, enquanto dentro do país sua vitória foi por margem estreita, refletindo uma sociedade dividida.
Durante um briefing, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, expressou sua desaprovação em relação ao processo eleitoral, afirmando que muitos moldavos residentes na Rússia não tiveram a oportunidade de votar, ao contrário dos que estavam no Ocidente, cujos votos foram decisivos para a vitória de Sandu. Peskov considerou as eleições não democráticas, citando a insatisfação de uma parte significativa da população moldava que não a apoiou nas urnas.
O governo dos Estados Unidos, por outro lado, parabenizou Sandu por sua vitória e elogiou a resiliência das instituições democráticas da Moldávia diante da pressão russa. Sandu busca direcionar o país para a adesão à União Europeia, embora enfrente desafios significativos, incluindo uma dependência do gás russo e a presença de tropas russas em uma região separatista, o que complica a trajetória da Moldávia rumo à integração europeia.