A Rússia revelou a produção em série de um novo míssil hipersônico, denominado Oreshnik, destacando sua capacidade de transportar múltiplas ogivas e atingir diversos alvos simultaneamente. O míssil foi utilizado pela primeira vez contra uma fábrica militar na Ucrânia, com resultados considerados bem-sucedidos pelo governo russo. Em declarações oficiais, foi ressaltado que o Oreshnik é uma arma de alta precisão e não possui ogivas nucleares, apesar de sua semelhança operacional com mísseis balísticos intercontinentais.
As autoridades russas afirmam que o sistema de defesa atual de outros países não consegue interceptar o Oreshnik, que viaja a velocidades hipersônicas. O anúncio ocorre em um momento de aumento das tensões no conflito, após ataques ucranianos em território russo utilizando armamentos fornecidos por potências ocidentais. A Rússia, por sua vez, ampliou os critérios para o uso de armas nucleares em sua doutrina militar, o que pode incluir respostas a ataques convencionais contra o território russo ou aliados estratégicos.
O uso do Oreshnik também foi associado a uma estratégia de dissuasão. Antes do ataque, as autoridades russas notificaram os países ocidentais sobre o teste do míssil. Segundo o Kremlin, a tecnologia representa uma vantagem militar significativa no contexto global, embora seja previsto que outras nações desenvolvam armamentos semelhantes no futuro. A introdução do Oreshnik reflete o aumento da complexidade do conflito, enquanto discursos oficiais sugerem a possibilidade de respostas mais contundentes contra nações que fornecem armamento à Ucrânia.