A Rússia alertou os Estados Unidos para interromper a “espiral de escalada” no conflito com a Ucrânia, destacando o risco de novos erros que possam levar a consequências perigosas. Em comentários feitos nesta quarta-feira (27), o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, pediu que Washington cessasse o fornecimento de armamentos à Ucrânia e desincentivasse novas ações militares. Ele enfatizou que, embora a Rússia não fosse obrigada a notificar os EUA sobre o lançamento de seu míssil balístico Oreshnik, um novo projétil hipersônico de alcance intermediário, a Rússia optou por fazê-lo, buscando evitar mal-entendidos.
Ryabkov afirmou que o recente lançamento do Oreshnik, em resposta ao uso de mísseis ATACMS pelos ucranianos, enviava uma mensagem clara ao Ocidente. O míssil, que alcança velocidades superiores a 13.000 km/h, foi descrito pelo governo ucraniano como uma escalada perigosa. Em contrapartida, a Rússia informou que o lançamento foi uma medida de defesa, ressaltando que o uso de tecnologias ocidentais pelos ucranianos representava uma nova fase no conflito. O Kremlin, no entanto, insiste que o risco de uma guerra nuclear continua a ser uma possibilidade séria, dado o uso de armamentos avançados.
Além disso, em um contexto mais amplo, a Rússia segue trabalhando no desenvolvimento de novos sistemas de armas nucleares, como o míssil intercontinental Sarmat, que poderia atingir alvos em território dos EUA ou da Europa. Embora o Sarmat tenha enfrentado atrasos e falhas em seus testes, a Rússia continua a fortalecer suas capacidades militares estratégicas. Enquanto isso, as tensões entre Moscou e Kiev aumentam, e o mundo observa atentamente os próximos passos no que já é considerado um dos momentos mais perigosos da guerra na Ucrânia.