A série de reportagens “Rotas”, apresentada no RJ2, investiga os principais caminhos utilizados por criminosos para contrabandear armas e drogas para o Rio de Janeiro, revelando táticas inovadoras empregadas por esses grupos para evadir a fiscalização. Os criminosos têm utilizado tecnologia para esconder itens ilícitos em veículos e até em brinquedos, além de fracionar as rotas, dificultando a identificação e apreensão dos produtos. Um exemplo é o uso de compartimentos secretos em automóveis, acessíveis apenas com cartões magnéticos.
Os investigadores destacam três rotas principais para o transporte de drogas e armas até o Rio de Janeiro. A rota mais frequente começa no Paraguai, passando por estados como Paraná e Mato Grosso do Sul, transportando principalmente cocaína e fuzis. Outra rota significativa surge da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, enquanto a terceira se origina no Mato Grosso, passando por São Paulo. Essas rotas evidenciam a complexidade do tráfico e a colaboração entre diferentes facções criminosas.
Além das estradas, o contrabando também ocorre pelo transporte aéreo, com apreensões consideráveis em bagagens de passageiros e em remessas pelos Correios. O aumento na utilização de tecnologia tem permitido que criminosos disfarcem armas desmontadas em pacotes comuns, complicando a fiscalização. Somente no primeiro semestre de 2024, as apreensões no setor postal do aeroporto internacional do Galeão somaram quase R$ 5,8 milhões, indicando um crescimento nas tentativas de contrabando e a necessidade urgente de estratégias de combate mais eficazes.