O déficit nas contas do governo alcançou R$ 28,756 bilhões, segundo o 5º Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas divulgado pela equipe econômica. Esse valor está muito próximo do limite estabelecido para o cumprimento da meta fiscal de zerar o déficit primário, definida em 0% do Produto Interno Bruto (PIB) com uma tolerância de 0,25% para mais ou para menos, o que equivale a R$ 28,8 bilhões. Apesar disso, o governo reafirma seu compromisso com a meta fiscal, mesmo diante de desafios ao longo do ano.
O déficit total, que já soma R$ 65,3 bilhões, inclui ajustes legais e abatimentos extraordinários, como os R$ 33,6 bilhões para o enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul e outros valores relativos a créditos emergenciais e renúncias fiscais. As despesas associadas a emergências climáticas e decisões judiciais também contribuíram para o aumento do rombo fiscal, sendo incorporadas ao cálculo do déficit primário conforme previsto na legislação.
A equipe econômica, contudo, demonstra confiança em cumprir a meta fiscal, como reforçado pelo ministro da Fazenda, que reafirmou que não haverá alterações no objetivo definido. Apesar das pressões fiscais e críticas recebidas, o governo manteve bloqueios orçamentários ao longo do ano e justifica o déficit dentro dos parâmetros permitidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, reafirmando sua estratégia de manter o equilíbrio fiscal em 2024.