A Polícia Federal utilizou um robô antibombas para realizar a busca em uma residência alugada em Ceilândia, no Distrito Federal, após a identificação de atividades suspeitas. Durante a operação, ao abrir uma gaveta, o robô acionou uma explosão significativa, o que demonstrou que a casa havia sido preparada como armadilha. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que a utilização do robô foi essencial para proteger a vida dos agentes, evitando vítimas fatais, já que a explosão teria sido letal se os policiais tivessem entrado no local sem o equipamento.
Investigações iniciais revelaram que o indivíduo responsável pelos ataques em Brasília estava morando no imóvel desde julho e que outros artefatos explosivos haviam sido deixados no local, assim como em um trailer próximo ao Supremo Tribunal Federal. As autoridades descobriram também mensagens que faziam referência a incidentes anteriores, como a pichação na estátua da Justiça, realizada durante os ataques de janeiro. Além disso, a polícia encontrou mais explosivos e detonou alguns artefatos de alto risco durante as ações subsequentes.
A operação, que envolveu diversas unidades policiais, também incluiu a utilização de drones e scanners 3D para fazer a perícia no local dos atentados e identificar outros vestígios de explosivos. Durante a manhã seguinte, uma varredura completa foi realizada nas proximidades do STF, com a destruição de outros artefatos, e a coleta de dados de um celular encontrado na área, que ajudaram a avançar na investigação sobre a preparação e possíveis contatos do responsável pelos ataques.