Três pessoas foram presas nesta terça-feira (19) por envolvimento em uma série de incêndios criminosos que ocorreram há dois meses em Feira de Santana, Bahia, a segunda maior cidade do estado e um importante polo comercial do Nordeste. A operação, que contou com esforços integrados de inteligência entre Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, revelou uma complexa dinâmica de financiamento e execução do crime. O suposto mandante seria um empresário do setor de importação e exportação, cuja motivação estaria ligada a rivalidades comerciais com empresários chineses residentes na cidade.
De acordo com as investigações, os ataques foram coordenados por um cabo da Polícia Militar de São Paulo, que teria atuado como intermediário e organizado a ação dos executores, contratados por meio de transferências financeiras rastreadas via Pix. Os incêndios ocorreram em um depósito de produtos importados, onde o prejuízo chegou a R$ 8 milhões, e em duas lojas, totalizando mais de R$ 15 milhões em perdas. Todos os estabelecimentos pertenciam ao mesmo grupo empresarial, destacando a dimensão financeira e comercial dos danos.
A polícia continua investigando o caso, ressaltando a importância da cooperação entre diferentes estados para desmantelar redes criminosas. Este episódio evidencia os impactos de disputas comerciais que extrapolam o campo econômico, assumindo contornos de grave ameaça à segurança e ao patrimônio local. A operação resultou não apenas na prisão dos suspeitos, mas também no reforço da vigilância contra crimes dessa natureza.