Os cílios postiços, populares por oferecerem um olhar mais volumoso e alongado, podem representar sérios riscos à saúde ocular. O uso de cola para fixá-los pode causar desde simples irritações até condições graves, como conjuntivite, ceratoconjuntivite (inflamação da córnea e da conjuntiva) e blefarite, uma inflamação das pálpebras. Além disso, a cola utilizada frequentemente contém substâncias como o formaldeído, um conservante cancerígeno, que pode ser liberado durante a aplicação. Estudos indicam que a maioria das colas profissionais testadas contém essa substância, que pode não ser explicitada nos rótulos dos produtos. Esse risco aumenta ainda mais quando a aplicação não é feita de forma adequada, podendo resultar em lesões graves nos olhos e até na perda da função protetora dos cílios naturais.
Além dos riscos imediatos de irritação e alergia, a prática de usar cílios postiços pode prejudicar a saúde a longo prazo. A remoção inadequada das extensões pode danificar os cílios naturais, e o uso contínuo pode alterar o ciclo natural de crescimento dos fios, favorecendo o acúmulo de bactérias e até a infecção por ácaros. Problemas de higiene em salões de beleza, como o uso de instrumentos não esterilizados, também aumentam a chance de contaminação. Outro risco relacionado à prática é o impacto nas glândulas de secreção antimicrobiana nas pálpebras, o que pode causar infecções como o terçol.
Para quem busca soluções para ter cílios mais volumosos e saudáveis, alternativas como os séruns de crescimento dos cílios têm ganhado popularidade. No entanto, esses produtos também apresentam riscos, como a alteração da cor da íris e a perda de tecido ao redor dos olhos. Portanto, especialistas recomendam cautela, principalmente em relação ao uso contínuo de cílios postiços e de produtos químicos para prolongar o efeito. Ao optar por esse tipo de estética, é fundamental escolher profissionais capacitados e ambientes com padrões elevados de higiene para reduzir os riscos à saúde ocular.