O nível do Rio Negro, em Manaus, apresentou uma elevação expressiva, atingindo 12,53 metros nesta segunda-feira (11), com um aumento médio de dez centímetros diários nos últimos três dias. Esse fenômeno de rápida elevação ocorre após um período de “repiquete”, no qual o nível do rio oscila entre subir e descer. A elevação segue um histórico de baixa recorde registrado neste ano, quando o rio alcançou o menor nível em mais de 120 anos, medindo apenas 12,11 metros.
A seca prolongada do Rio Negro alterou significativamente a paisagem de Manaus, especialmente na Praia da Ponta Negra, onde bancos de areia emergiram e dificultaram a atracação de embarcações na área habitual. Esse cenário forçou adaptações logísticas na capital, incluindo a instalação de um píer flutuante em Itacoatiara para facilitar o transporte de insumos e produtos do Polo Industrial de Manaus, que enfrenta dificuldades no escoamento da produção devido aos impactos da baixa histórica do rio.
A situação tem afetado diretamente a vida de mais de 800 mil pessoas no estado do Amazonas. Após um período de relativa estabilidade no início de novembro, o Rio Negro voltou a subir consistentemente desde o dia 7, acumulando uma elevação total de mais de 30 centímetros em uma semana. Esse aumento rápido levanta preocupações sobre os efeitos contínuos das oscilações no nível do rio e os impactos socioeconômicos na região.