Seis meses após as enchentes que resultaram na morte de 183 pessoas e deixaram 27 desaparecidos, o Rio Grande do Sul começa a mostrar sinais de recuperação. As atividades econômicas e sociais estão sendo retomadas em diversas áreas. O Aeroporto Internacional Salgado Filho, por exemplo, reabriu para voos comerciais em outubro após reformas significativas. Outros locais emblemáticos, como o Mercado Público e os estádios de futebol, também voltaram a operar, evidenciando a resiliência da população diante da tragédia.
A recuperação das infraestruturas essenciais tem sido uma prioridade, mas desafios persistem. Embora a maioria das operações de transporte tenha sido normalizada, várias estradas e pontes ainda necessitam de reparos. No setor educacional, 17 escolas permanecem fechadas, afetando a rotina de milhares de alunos. O governo está trabalhando na reabilitação de hospitais, com o Hospital Pronto Socorro de Canoas reabrindo em setembro, embora ainda enfrente dificuldades na recuperação total de suas instalações.
Além da recuperação física, o estado enfrenta a difícil situação de famílias que ainda estão desabrigadas. Aproximadamente 1.791 pessoas vivem em abrigos temporários, com muitos aguardando por novas habitações. O governo anunciou programas de assistência, mas a implementação continua lenta, gerando insegurança entre os afetados. A história do cavalo Caramelo, que se tornou um símbolo de resistência, reflete a luta e a esperança da população gaúcha para superar esse capítulo desafiador.