Nos últimos meses, um empresário brasileiro colaborou com o Ministério Público de São Paulo, revelando detalhes sobre esquemas internos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e sobre corrupção policial. Ele estava sob investigação por lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas, com operações que incluíam a compra e venda de imóveis e postos de gasolina, totalizando cerca de R$ 30 milhões. Durante os depoimentos, o empresário teria prometido expor mais informações, gerando suspeitas de que sua morte, ocorrida recentemente no Aeroporto Internacional de São Paulo, possa ter sido uma ação de vingança e queima de arquivo.
A execução, realizada com armas de alto calibre, ocorreu enquanto ele deixava o Terminal 2 do aeroporto após uma viagem. Além dele, um motorista de aplicativo também foi baleado e faleceu no hospital no dia seguinte. O ataque levantou suspeitas sobre a segurança dele, composta por policiais militares que foram afastados após o incidente. As investigações incluem a análise do papel desses seguranças, a apreensão de seus celulares e possíveis falhas em seu deslocamento para o local do crime.
Relatos indicam que o empresário tinha conhecimento de que alguns desafetos estavam cientes de sua colaboração com as autoridades, o que aumentava seu receio por sua segurança. O ataque foi seguido de outro tiroteio nas imediações, aumentando a tensão sobre a segurança nos arredores do aeroporto. A namorada do empresário, que estava presente durante o ataque, já foi identificada e prestará depoimento. As investigações prosseguem para apurar as causas exatas do assassinato e esclarecer a sequência de eventos que envolvem os esquemas criminosos denunciados.