Os dados de boca de urna das eleições presidenciais dos Estados Unidos revelam diferenças significativas de preferência eleitoral entre homens e mulheres, regiões urbanas e rurais, e diferentes grupos étnicos. Kamala Harris foi a favorita entre as eleitoras mulheres e a população urbana, enquanto Donald Trump obteve forte apoio dos homens e em áreas rurais e suburbanas. Nos subúrbios, onde reside grande parte da classe média americana, Trump conquistou uma vantagem decisiva, contrariando as expectativas de uma maior adesão feminina e liberal a Kamala, motivada por pautas como aborto e democracia.
As divisões econômicas foram um fator determinante entre os eleitores, especialmente em áreas suburbanas. Embora a inflação geral estivesse baixa, o custo elevado de bens essenciais, como alimentos, saúde e moradia, pesou nas decisões eleitorais, beneficiando Trump. Entre os diferentes grupos étnicos, a preferência também se mostrou fragmentada: enquanto Kamala teve amplo apoio da população negra, o voto latino mostrou-se dividido devido a fatores como imigração e o impacto do custo de vida. A comunidade branca preferiu majoritariamente Trump, com uma diferença significativa de apoio.
Questões religiosas e de política externa também influenciaram o resultado, especialmente entre eleitores judeus e aqueles com opiniões divergentes sobre o apoio militar a Israel. Embora a maioria da comunidade judaica votasse em Kamala, houve uma clara divisão entre aqueles que apoiam uma aliança militar robusta com Israel e aqueles que preferem restrições a esse apoio. Os dados demonstram como as questões econômicas, culturais e religiosas impactaram o voto dos americanos e contribuíram para o resultado final.