Em 2023, a maioria dos municípios brasileiros (99,8%) reportou oferecer serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, evidenciando uma cobertura territorial ampla. Contudo, cerca de 31,9% das cidades ainda utilizavam lixões (vazadouros a céu aberto) como forma de destinação final dos resíduos, considerada a alternativa mais prejudicial ao meio ambiente. Por outro lado, 28,6% das cidades destinavam seus resíduos a aterros sanitários e 18,7% a aterros controlados, soluções mais adequadas do ponto de vista ambiental. A Região Norte apresentou o maior índice de lixões, com 76,1% dos municípios adotando essa prática.
A pesquisa também revelou disparidades regionais significativas em relação à implementação de Políticas Municipais de Resíduos Sólidos, com destaque para o Sul, onde 65,8% dos municípios possuíam ou estavam elaborando tais políticas, enquanto no Nordeste esse índice era de apenas 49,5%. Além disso, 57,3% das cidades brasileiras informaram ter políticas relacionadas ao manejo de resíduos sólidos. As cidades com maior população tendem a ter políticas mais estruturadas, como mostrado pelos 30 municípios com mais de 500 mil habitantes, dos quais 73,2% já implementaram essas políticas.
Em termos de educação ambiental, 31,8% dos municípios que relataram ter serviços de limpeza urbana também desenvolviam programas voltados à conscientização ambiental em relação ao manejo de resíduos. No entanto, a maioria (55,4%) não possuía esse tipo de programa. A Região Centro-Oeste destacou-se com 39,1% das cidades com iniciativas de educação ambiental nessa área. A coleta seletiva, o manejo de pilhas e baterias, pneus e eletrônicos foram as principais temáticas abordadas nos programas de educação ambiental relacionados à limpeza urbana e manejo de resíduos.