Desde 1980, o Texas tem sido um reduto seguro para os republicanos nas eleições presidenciais, mantendo-se alinhado com o partido desde a vitória de Ronald Reagan. Embora nas últimas duas eleições houvesse sinais de uma aproximação dos democratas, o pleito de 2024 consolidou a vantagem republicana, com o presidente eleito obtendo 56,2% dos votos, a maior margem para o partido no estado desde as campanhas de 2016 e 2020, quando o percentual não passou de 52,2%.
Do lado democrata, a chapa liderada por Kamala Harris e Tim Walz conquistou apenas 42,4% dos votos no Texas, o pior desempenho do partido desde 2012. Além disso, apesar de Harris ter mantido a vitória em Nova York com 55,4%, este foi o percentual mais baixo alcançado pelos democratas no estado desde 1992, refletindo um enfraquecimento significativo em áreas tradicionalmente fortes para o partido. Donald Trump, por sua vez, obteve avanços importantes nos condados do Bronx, Brooklyn e Manhattan, onde historicamente a base republicana é menos expressiva.
Esses resultados indicam uma recuperação e expansão da base republicana em estados-chave para os democratas, gerando preocupação para o partido de Joe Biden. A eleição de 2024 apresenta novos desafios para os democratas, que agora enfrentam a necessidade de reavaliar suas estratégias em estados como Texas e Nova York para conter o avanço republicano e reconquistar espaço em seus redutos históricos.