A reposição de testosterona pode ser uma solução eficaz para melhorar a qualidade de vida de pessoas com níveis deficientes do hormônio, especialmente em casos de hipogonadismo masculino ou desejo sexual hipoativo em mulheres. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente indicado, com base em diagnóstico clínico e exames laboratoriais, já que nem todos se beneficiam da reposição. Em homens, a queda gradual da testosterona com a idade não justifica a reposição automática, sendo necessário que os sintomas estejam presentes, como cansaço e diminuição da libido, juntamente com níveis baixos do hormônio.
Nas mulheres, a reposição de testosterona é indicada principalmente em casos de desejo sexual hipoativo, que pode ocorrer após a menopausa ou em situações de insuficiência ovariana precoce. No entanto, a falta de libido nem sempre está relacionada a deficiências hormonais, podendo ser causada por fatores emocionais ou psicológicos. O uso de testosterona nas mulheres deve ser rigorosamente monitorado, uma vez que seu excesso pode causar efeitos colaterais como masculinização, aumento de pelos faciais, alterações de voz e desequilíbrios no perfil lipídico.
Embora a reposição hormonal possa oferecer benefícios significativos quando corretamente indicada, seu uso indiscriminado pode acarretar riscos, como problemas cardiovasculares, alterações comportamentais e, em casos extremos, complicações graves como trombose e AVC. A testosterona deve ser administrada apenas sob orientação médica, considerando sempre os riscos e benefícios para a saúde do paciente. O abuso do hormônio, sem a devida indicação, é perigoso e está associado a sérios efeitos adversos tanto em homens quanto em mulheres.