Em 27 de novembro de 2024, generais do Exército Brasileiro expressaram surpresa ao serem informados sobre a coordenação de ataques contra altos oficiais da corporação, conforme revelado pelo relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. O relatório aponta uma série de ações golpistas, incluindo a distribuição de uma carta de incitação à intervenção militar e ataques nas redes sociais, que visavam desestabilizar as lideranças militares que resistiram à pressão de grupos golpistas.
A investigação revelou que o tenente-coronel envolvido na trama, em colaboração com outros aliados, tinha o apoio de setores do governo da época. Entre os generais atacados, estavam comandantes de grandes regiões militares, que foram descritos de maneira pejorativa nas redes sociais. Esses ataques foram motivados pela lealdade dos oficiais à ordem legal e à preservação da democracia, alinhando-se com a postura de resistência contra o movimento golpista.
Além disso, o relatório destacou o envolvimento de figuras chave, como a orientação para pressionar comandantes do Exército e da Aeronáutica. Em troca de mensagens, membros envolvidos no movimento golpista, incluindo figuras de destaque, discutiram a necessidade de intensificar as agressões contra aqueles que não aderiram ao golpe, com acusações e ameaças direcionadas a militares em posições de comando. A ação revelou um cenário de crescente polarização dentro das Forças Armadas, no contexto da crise política enfrentada pelo país após as eleições de 2022.