O relatório da Polícia Federal, divulgado após liberação de sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), detalha a atuação de comandantes das Forças Armadas durante os eventos relacionados a uma tentativa de golpe de Estado. O documento destaca a posição firme do comandante do Exército, General Freire Gomes, que, junto ao Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Almeida Baptista Junior, da Aeronáutica, e outros oficiais do Alto Comando do Exército, se opôs às pressões golpistas e manteve o compromisso com os princípios do Estado Democrático de Direito.
Segundo o relatório, a tentativa de golpe não se concretizou devido à resistência dos comandantes militares, especialmente a decisão de Freire Gomes. A Polícia Federal afirma que, caso o comandante do Exército tivesse cedido à pressão, a ruptura institucional poderia ter ocorrido. O depoimento de um alto oficial também corroborou essa visão, apontando que a ação do General foi determinante para evitar que o golpe se consumasse.
O conteúdo do relatório também menciona tentativas de outros envolvidos em pressionar os militares para apoiar a ação golpista, incluindo a elaboração de um decreto que visava formalizar a ruptura. No entanto, a resistência dos comandantes militares foi vista como fundamental para que os planos não se realizassem, garantindo a manutenção da ordem constitucional no país.