Um relatório da Polícia Federal, tornado público nesta terça-feira (26) pelo Supremo Tribunal Federal, revelou detalhes sobre esforços articulados para promover um golpe de Estado no Brasil. Segundo a investigação, ações clandestinas e sistemáticas criaram um ambiente propício para o radicalismo, resultando nos ataques à democracia em janeiro de 2023 e em um atentado ocorrido em novembro do ano anterior. Esses eventos são descritos como consequências de um clima político que fomentou discursos extremistas durante um período de instabilidade institucional.
A apuração da Polícia Federal aponta que essas tentativas de ruptura democrática não se concretizaram devido à recusa de membros do Alto Comando das Forças Armadas em ceder a pressões antidemocráticas no final de 2022. Apesar disso, as ações relatadas evidenciam um planejamento articulado para enfraquecer instituições democráticas. O relatório também destaca a existência de redes clandestinas que sustentam um estado de latência do radicalismo em parte da sociedade.
Os investigadores ressaltam que os esforços para desestabilizar a democracia iniciaram-se ainda durante o período presidencial mencionado. As conclusões da Polícia Federal evidenciam a gravidade das ações, destacando como as investidas sistemáticas contra o regime democrático se consolidaram ao longo do tempo. O documento expõe, de forma abrangente, os desdobramentos políticos e sociais que levaram a esses eventos marcantes na história recente do país.