Um relatório da Polícia Federal, agora divulgado após o sigilo ser derrubado pelo STF, expõe investigações sobre uma tentativa de subversão da ordem democrática no Brasil. O documento de mais de 800 páginas detalha ações de um grupo ligado ao governo anterior, com o objetivo de frustrar a posse do presidente eleito em 2023. A investigação concluiu que houve um planejamento para anular as eleições e tomar medidas para impedir a posse do novo governo, com a elaboração de decretos golpistas e ações de incitação contra o processo eleitoral.
Entre as revelações, o relatório aponta que a trama envolvia altas autoridades e até militares, incluindo a proposta de uma “ruptura institucional”. O ex-presidente teria sido informado e envolvido em ações como a elaboração de um decreto que buscava invalidar os resultados das eleições, com medidas radicais como a prisão de autoridades do Judiciário e a convocação de novas eleições. Além disso, documentos indicam a adesão de militares e a preparação de recursos militares, incluindo tanques prontos para mobilização em apoio ao golpe.
A investigação também revela planos para ações mais extremas, como atentados contra autoridades eleitas e tentativas de manipulação jurídica para justificar o golpe. Em mensagens obtidas, há discussões sobre estratégias para impedir a posse do presidente eleito, como a anulação dos resultados e o controle das instituições, além de um plano para violar a integridade do processo de transição. O caso segue sob análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre eventuais denúncias.