A Polícia Federal (PF) revelou, em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que um oficial das Forças Armadas utilizou dados roubados de uma pessoa envolvida em um acidente de trânsito para planejar um atentado. O número de celular de um terceiro, que não estava relacionado ao caso, foi utilizado para esconder a verdadeira identidade dos envolvidos e criar um canal de comunicação para a execução da ação. A operação revelou a utilização de uma técnica conhecida como “anonimização”, com o objetivo de ocultar a autoria do crime.
O acidente de trânsito ocorreu em novembro de 2022 e envolveu o veículo de um homem que teve seus dados utilizados para registrar um chip telefônico. A PF descobriu que o número obtido de forma ilícita foi usado posteriormente em uma trama criminosa em dezembro do mesmo ano. As investigações, que incluíram a análise de mensagens do aplicativo Signal, indicaram que o oficial utilizou essa estratégia para esconder sua identidade e planejar a ação de forma clandestina.
A PF também descartou qualquer envolvimento do proprietário legítimo dos dados, reafirmando que ele era uma pessoa inocente no caso. O relatório detalhou ainda como as autoridades identificaram a conexão entre os dados e o oficial, além de indicar o uso de métodos sofisticados para evitar a detecção e rastreamento da operação criminosa. O caso continua em investigação, e a PF segue analisando os elementos coletados durante as apreensões e as comunicações interceptadas.