O relatório final da Polícia Federal, com 884 páginas, detalha uma suposta organização que teria articulado ações para desestabilizar o sistema eleitoral no Brasil. O documento descreve a estrutura de núcleos que teriam funções específicas, incluindo a disseminação de desinformação, incitação de militares, apoio jurídico e operacional, além de ações de inteligência paralela. De acordo com a PF, a liderança do grupo articulava as atividades em diferentes frentes, visando comprometer o processo democrático.
Entre os destaques do relatório está a descrição de reuniões onde teriam sido discutidos planos que incluem ataques a autoridades. O documento cita nomes de ex-membros do governo que ocupavam posições de destaque e que teriam desempenhado papéis centrais nos núcleos descritos. A investigação também revela a existência de uma rede organizada para a circulação de informações falsas, com o objetivo de minar a confiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral.
Ainda sob sigilo, o relatório segue em análise pelo Supremo Tribunal Federal e será encaminhado à Procuradoria-Geral da República para os próximos passos. A defesa dos envolvidos criticou a divulgação parcial de informações à imprensa e destacou que aguardará acesso aos autos para um posicionamento mais detalhado. Enquanto isso, o caso segue sendo acompanhado de perto, com potenciais desdobramentos no âmbito jurídico e político.