O relatório final da Polícia Federal (PF), que foi recentemente dessecretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, apresenta um pedido de indiciamento contra 37 pessoas, incluindo ex-ministros e militares de alta patente. O documento detalha uma trama para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2023 e abalar o processo democrático no Brasil. Segundo as investigações, o ex-presidente teria sido um dos principais articuladores do plano, com envolvimento ativo e conhecimento das ações golpistas.
A PF descreve a criação de uma rede complexa de grupos organizados em seis núcleos, com objetivos que iam desde ações militares até a tentativa de assassinatos de figuras políticas chave, como o próprio presidente eleito e outros membros do governo. Entre os envolvidos, há militares e aliados do ex-presidente que, segundo as investigações, ajudaram a planejar e executar movimentos que visavam frustrar a posse de Lula e desestabilizar o regime democrático.
O material foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que agora avaliará a possibilidade de apresentar denúncias formais contra os indiciados. O caso, que envolve conspirações e ações de alto risco, segue em análise, com o relatório da PF oferecendo uma visão detalhada das intenções golpistas que se desenrolaram após as eleições de 2022. A investigação também apontou que o plano envolvia a utilização de forças militares e a preparação para a fuga de envolvidos para o exterior.