A Polícia Federal divulgou um relatório detalhando investigações sobre um plano articulado para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil, envolvendo ações clandestinas e organizadas. Segundo o documento, havia a intenção de subverter a ordem constitucional e inviabilizar a transição democrática de poder, com provas que indicam participação direta de autoridades e setores estratégicos, incluindo forças militares, na tentativa de ruptura institucional. As ações incluíram disseminação de narrativas sobre fraude eleitoral e pressão sobre instituições.
Entre os elementos levantados, destaca-se a elaboração de um decreto que previa a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições. Modificações foram realizadas no texto, e o plano foi compartilhado com líderes militares em busca de apoio. Embora alguns setores das Forças Armadas tenham resistido à proposta, outros mostraram alinhamento, reforçando a gravidade da ameaça ao sistema democrático.
A investigação também expõe mensagens e reuniões que evidenciam articulações para pressionar os chefes das Forças Armadas e consolidar o plano. Apesar das resistências internas, estratégias alternativas foram consideradas, incluindo a mobilização de equipamentos militares. O relatório ressalta que circunstâncias alheias aos idealizadores impediram a concretização do intento.